Faça estes exercícios pronunciando com clareza e exercitando bem os órgãos fonoarticulatórios.
M (OCLUSIVA BILABIAL SONORA NASAL)
O mameluco melancólico meditava e a megera megalocéfala, macabra e maquiavélica, mastigava mostarda na maloca miasmática.
Migalhas minguadas de moagem mitigavam míseras meninas.
Moleques magricelas mergulhavam no mucurro, murmurinhando como uma matinada de macacos.
A mucama modulando monótonas melodias moía milho e macaxeira para a moqueca e o mungunzá do medonho mercador de mumanamonas.
B (OCLUSIVA BILABIAL SONORA)
Bela baiana, boneca de bronze, bailava brejeira um burlesco Bendenguê da Bahia.
O barraco do Babalaô borborinha; Babel de baixada, bacanal de bárbaros, bebem, blasfemam, batem, batucam, bamboleiam no bulício de um bestial bambaquerê.
Ao som de búzios, berimbau, baco-bacos, badalam, bimbalham, bolem, rebolam e berram:
“É o bamba do bambu de bambuê, é o bamba de bambu de bambuá, bambulelê, bambulalá”.
P (OCLUSIVA BILABIAL SURDA)
"Parece peta.
A Pepa aporta à praça e pede ao Pupo que lhe passe o apito.
Pula do palco e, pálida, perpassa por entre um porco, um pato e um periquito.
Após, papando, em pé, pudim com passa, depois de paios, pombos e palmitos, precípite, por entre a populaça, passa, picando a ponta de um palito.
Peças compostas por um poeta pulha, que a papalvos perplexo empulha, prestando apenas para apanhar os paios...
Permuta a Pepa por pastéis, pamonha...
Que a Pepa apupe o Pupo e à Popa ponha papas, pipas, pepinos, papagaios!"
F (FRICATIVA LABIODENTAL SURDA)
Na oficina “Quem com ferro fere com ferro será ferido”,
forjam fronte a fronte com fragor, o ferreiro Felisberto Furtado e seu filho Frederico Felizardo.
Na fornalha flamejante fulge o fogo com furor; o fole frenético faz fumaça e fagulhas fulgurantes que ofuscam.
Afinal ofegante e farto de fazer força, o Felisberto Furtado força o filho fanfarrão a forjar com firmeza e sem fadiga ferraduras, ferrolhos e ferramentas.
V (FRICATIVA LABIODENTAL SONORA)
O vento veloz varre a várzea com violência. Verdugo vingativo vergasta vigoroso a vegetação que reveste o vale vulnerável de Vetuverava.
Gaivotas aventurosas voavam na voragem em vertiginosas reviravoltas.
T (OCLUSIVA ÁPICODENTAL SURDA)
O turco tatuado, troncudo e tagarela com o tabuleiro a tiracolo, troca tudo pelo triplo:
tecidos, trajes, ternos, túnicas, tapetes, toucas, tetéus, tesouras, talheres, termômetros, torneiras, tigelas, turíbulos, taramelas, tintas, treliças, tamborins, tartarugas, talismãs, e outros.
D (OCLUSIVA ÁPICODENTAL SONORA)
Dançam depressa, disciplinados e decididos os dez dedos delgados da datilógrafa dinâmica
que decifram os documentos do déspota draconiano para o diário de deputado demagogo.
L (ÁPICOALVEOLAR SONORA) e N (SONORA NASAL)
Lana, Lina, Lena, e Lola levam Nila e Madalena nas salinas sonolentas para ver a lua em plenilúnio.
Leonel leva o animal indócil pela alameda marginal.
Calmaria, céu azul, sol fúlgido, libélulas ligeiras voltejam leves sobre lilazes em flor.
No laranjal abelhas laboriosas em tumulto coletam o pólen para o delicioso mel de suas colméias.
Por que palras pardal pardo?
Palro, palro e palrarei, porque sou o pardal pardo palrador d´El Rei.
Na noite de natal ninguém notou o anão Aniceto nanando a nenenzinha.
Louvamos a leveza das lindas alouradas lavadeiras lisboetas na lida de lavar longos lençóis de linho.
S (FRICATIVA PRÉ-DORSODENTAL SURDA) e Z (PRÉ-DORSODENTAL SONORA)
Sófocles soluçante ciciou no senado suaves censuras sobre a insensatez de seus filhos insensíveis.
Suave viração do sueste sussurrante sobre sensitivas silenciosas.
Sábios centenários assistiram sem se cansar a sensacional sessão,
selecionando seus sessenta discípulos sorteados.
O saci passou assoviando e assustou as moças sensíveis.
A zebra zurrando ziguezagueava, zombando do zoófobo zaranza que zangado zurzia,
com zaguncho do suevo.
Cinco oficiais esfomeados passando certo dia por Santos apreçaram salsichas:
Quando custam essas salsichas?- Seis centavos.
E estas salsichas?- Cinco centavos.
Quanto custam dez salsichas?
- A seis centavos são sessenta centavos e a cinco centavos são cinqüenta centavos;
saibam que são saborosas e substanciais.
Sob a sombra do cedro centenário o passante solícito descansa sossegado e sonhador.
A brisa silenciosa espalha as essências sutis do sândalo.
A estrela cintila no céu imenso.
Um pássaro de asas sedosas esvoaça sem destino.
J (FRICATIVA PALATAL SONORA)
Vejo no jardim japonês gentis jaçanãs, jandeiras jaspadas, jaburus, janotas e juritis gemendo.
Nas jaulas o jaguar girando, javalis selvagens, jararacas e jibóias gigantes.
Girafa gingando com jeito de gente.
Jacarés, jucuruxus e jabotis jejuando.
X e CH (FRICATIVAS PALATAIS SURDAS)
Xaveco do Xavier chegou com o xalavar cheio de peixes.
X e CH (FRICATIVAS PALATAIS SURDAS)
Xaveco do Xavier chegou com o xalavar cheio de peixes.
Xaréus, xareletes, xirás, xixarros e xundaraias.
O cheiro do chá da China chilreando na chaleira é chamariz.
Sacha saiu sem saber se Natacha, que Sacha sabia sem senso, saiu na chuva sem seu xale chinês.